domingo, 6 de janeiro de 2008

SAUDADES DO HENFIL. COMO O TEMPO PASSOU RÁPIDO...

SAUDADES DO HENFIL
HENRIQUE DE SOUZA FILHO, ou Henfil como era conhecido o desenhista jornalista e escritor, nasceu a 05 de fevereiro de 1944, em Ribeirão das Neves - Minas Gerais, e cresceu na periferia de Belo Horizonte; onde frequentou o Colégio Arnaldo da Ordem do Verbo Divino, um curso supletivo noturno e um curso superior de Sociologia, que abandonou depois de dois meses. Henfil morreu no Rio de Janeiro, em 04 de janeiro de 1988, com 43 anos. Era hemofílico e contraiu Aids através de uma transfusão de sangue, mas sempre teve uma saúde bastante delicada, assim, como seus dois irmãos (Herbert e Francisco Mário ) também hemofílicos. Além deles, Henfil tinha mãe e mais cinco irmãs.
Foi embalador de queijos, "boy" de agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 60, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos, tornando-se conhecido nacionalmente, a partir de 1969, quando passou a colaborar no "Pasquim", lançando em 1970 a revistinha "Os Fradinhos", ou apenas "Fradins". Suas tiras foram posteriormente divulgadas em vários países, do mundo sob o título "The Mad Monks", mas a experiência durou pouco, pois seus personagens foram considerados doentios.
Foi em 1964 o início da carreira de cartunista e quadrinhista Henfil. Deu-se na Revista Alterosa de Belo Horizonte, a convite do editor e escritor Robert Dummond, onde nasceram originalmente "Os Fradinhos". Em 1965, começou a fazer caricatura política para o Diário de Minas, em 1967, fez charges esportivas para o Jornal dos Sports do Rio de Janeiro, colaborando ainda nas revistas Visão, Realidade, Placar e o Cruzeiro. A partir de 1969, fixou-se no semanário Pasquim e no Jornal do Brasil, onde seus personagens atingiram um nível de popularidade pouco comum em termos de Brasil.
A produção de histórias em quadrinhos e cartuns do mineiro Henfil já possuía então sua marca registrada: um desenho humorístico político, crítico e sátiro, com personagens tipicamente brasileiros.
Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde e de onde resultou seu livro "Diário de um Cucaracha". De volta ao Brasil residiu algum tempo no Rio e depois em Natal - RN, retornando novamente ao Rio de Janeiro.
Além das histórias em quadrinhos e cartuns de estilo inconfundível, Henfil realizou, também, uma peça de teatro - "A Revista do Henfil" (em co-autoria com Oswaldo Mendes); escreveu, dirigiu e atuou no filme "Tanga - Deu no New York Times", teve uma incursão na televisão com o quadro " TV Homem", do programa "TV Mulher", na Rede Globo de Televisão. Como escritor, publicou ainda sete livros. São eles: "Hiroxima, meu humor", "Diário de um cucaracha", (1976), "Dez em humor" (coletiva, em 1984), "Diretas já " (1984) e "Henfil na China", 'Fradim de Libertação" (1984), "Como se faz humor político". (1984).
Henfil destacou-se, também, pela sua participação na política do país, devido ao seu engajamento na resistência contra a ditadura, pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já.
Finalmente, é importante ressaltar o papel exercido por Henfil na história dos quadrinhos brasileiros: na renovação do desenho humorístico nacional; na criação de personagens típicos brasileiros, como "Os fradinhos", o "Capitão Zeferino", a "Graúna", e "Bode Orelana", entre outros - fazendo um quadrinho da descolonização, em uma época que isto era exceção, já que os quadrinhos nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos norte-americanos pelo mundo inteiro; por seu combativo e alegórico humor gráfico brasileiro, fazendo da crítica uma arma de resistência e combate ao sistema político do país.
Fontes: CIRNE, Moacy. História e crítica dos quadrinhos brasileiros. Rio de janeiro, Europa: FUNARTE, 1990. CIRNE, Moacy. Uma introdução política aos quadrinhos. Rio de Janeiro, Achiané / Angra, 1982. ENCICLOPÉDIA Mirador InternacionalHENFIL morre de Aids aos 43 anos após cinco meses de internamento. Folha de São Paulo, 05/01/88, p.1-12.
A Gibiteca Henfil possue para consulta a coleção completa dos Fradins, os livros A volta do Fradim, Diretas já, Isto era, Henfil na China, Fradim de libertação, Como se faz humor político e exemplares do Pasquim. Possue também acervo para pesquisa sobre o Henfil, entre eles, um fanzine de autoria de José Eduardo Cimó, livros teóricos, recortes de jornais e folhetos.
Para saber mais visite:
http://www.culturabrasil.pro.br/cartasdamae.htm - são cartas que Henfil enviou para a sua mãe
Leia abaixo uma delas:
São Paulo, 11 de abril de 1979.

Mãe,

Não suporto mais a saudade sufocante do meu irmão Betinho. Minha vida segue sem sentido e sem alegrias. Sai um disco do Chico e não consigo me entregar no canto que gostaria de partilhar com ele e com a Maria. O grito de gol fica preso no peito porque me sinto sozinho no Maracanã mais lotado.
Profissionalmente? Estou bem, muito bem. Mas eu queria que eles também se orgulhassem de mim ao receberem o jornal de manhãzinha na porta da casa deles, aqui, como todos. Faltam duas palmas, duas risadas brancas e quentinhas na hora em que as cartas são lidas ou as gracinhas são feitas na "Revista do Henfil".
Perdoa, mãe, mas biscoito de farinha só é gostoso se mastigado olhando nos olhos do irmão que sente na mesma hora a mesma delícia.
A bênção de um dos seus filhos,
Henfil

VINTE ANOS SEM HENFIL, O CARTUNISTA DA LIBERDADE

Henfil
5/2/1944, Riberão das Neves (MG)4/1/1988, Rio de Janeiro (RJ)
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u406.jhtm

Henrique de Souza Filho era hemofílico e sempre teve uma saúde bastante delicada, assim como seus dois irmãos, Herbert de Sousa, o Betinho, e Francisco Mário. Além deles, tinha mais cinco irmãs.Henfil nasceu em Ribeirão das Neves e cresceu na periferia de Belo Horizonte, onde freqüentou um curso superior de Sociologia, que abandonou depois de dois meses.Foi embalador de queijos, "boy" de agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 1960, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos.O início de sua carreira de cartunista e quadrinista foi na Revista Alterosa, de Belo Horizonte, a convite do editor e escritor Robert Dummond, onde nasceram suas personagens mais famosas, "Os Fradinhos". Em 1965, começou a fazer caricatura política para o Diário de Minas. Fez charges esportivas para o Jornal dos Sports do Rio de Janeiro, em 1967, colaborando também nas revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro.A partir de 1969, fixou-se no semanário Pasquim e no Jornal do Brasil, onde seus personagens atingiram um grande nível de popularidade. Em 1970, lançou a revista Os Fradinhos, com sua marca registrada: um desenho humorístico, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros e que retratavam as situações da época.Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde, e escreveu seu livro "Diário de um Cucaracha". De volta ao Brasil, morou algum tempo no Rio e em Natal (RN), retornando novamente ao Rio de Janeiro.Além das histórias em quadrinhos e cartuns, Henfil realizou a peça de teatro "A Revista do Henfil" (em co-autoria com Oswaldo Mendes), escreveu, dirigiu e atuou no filme "Tanga - Deu no New York Times" e teve uma incursão na televisão com o quadro "TV Homem", do programa "TV Mulher", na Rede Globo.Como escritor, publicou sete livros entre 1976 e 1984: "Hiroxima, Meu Humor", "Diário de Um Cucaracha", "Dez em Humor" (coletiva), "Diretas Já", "Henfil na China", "Fradim de Libertação" e "Como se Faz Humor Político".Henfil teve uma atuação marcante nos movimentos políticos e sociais do país, lutando contra a ditadura, pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já. Na história dos quadrinhos no Brasil, renovou o desenho humorístico com seus personagens "Os Fradinhos", o "Capitão Zeferino", a "Graúna", e "Bode Orelana", entre outros.Devido a uma transfusão de sangue em um hospital público, durante tratamento da hemofilia, contraiu o vírus da Aids e faleceu em 1988, em decorrência da doença.


ALFABETIZACAO ECOLOGICA - A EDUCACAO DAS CRIANCAS PARA UM MUNDO SUSTENTAVEL
http://www.fnac.com.br/Product.aspx?idProduct=9788531609602&idDept=188&src=

STONE, MICHAEL K / BARLOW, ZENOBIA
CULTRIX
ISBN: 9788531609602
por: R$ 36,00
Ano Edição : 2006
Número Edição : 1
Qtde. Páginas : 312
Resenha:
Segundo os pensadores e educadores que escreveram este livro revolucionário, reorientar o modo como os seres humanos vivem e educar as crianças para que atinjam seus potenciais mais elevados são tarefas com aspectos bem semelhantes. Ambas têm de ser vistas e abordadas no contexto dos sistemas: familiar, geográfico ecológico e político. Nosso empenho para criar comunidades sustentáveis será em vão caso as uturas gerações não aprendam a estabelecer uma parceria com os sistemas naturais, em benefício de ambas as partes. Em outras palavras, elas terão que ser "ecologicamente alfabetizadas".O conceito de "alfabetização ecológica", inspirado nas teorias de Fritjof Capra e de outros líderes do Centro de Eco-Alfabetização, localizado em Berkeley, na Califórnia, vai além de educação ambiental como disciplina escolar. Ele visa, como escreveu David W. Orr em seu Prólogo, "uma transformação mais profunda no conteúdo, no processo e no alcance da educação em todos os níveis".Os artigos e ensaios reunidos neste livro - primeira publicação oficial em língua portuguesa do Centro de Eco-Alfabetização - revelam o trabalho notável que está sendo realizado pela vasta rede de parcerias desse Centro. Numa escola de nível médio, por exemplo, Alice Waters, um ícone no mundo da culinária, criou um programa que não apenas oferece aos estudantes saudáveis, mas também os ensina a cultivar uma horta - e nela estudar os ciclos da vida e os fluxos de energia - como parte do currículo. Entre os projetos estudantis apoiados pelo Centro de Eco-Alfabetização e descritos neste livro estão a recuperação e exploração de baias hidrográficas, parcerias entre fazendas e escolas, e programas de educação ecológica voltados para a justiça ambiental.Com contribuições de renomados escritores e educadores, como Fritjof Capra, Wendell Berry e Michael Ableman, Alfabetização Ecológica reúne teoria e prática com base no que existe de mais avançado em termos de pensamento sistêmico, ecologia e educação. Pais e educadores de todas as partes do mundo interessados no desenvolvimento de novas formas de ensino e na ampliação dos conhecimentos ecológicos das crianças vão encontrar neste livro uma fonte inestimável de idéias.
Comentário do blog: Recomendável para crianças de todas as idades.