sábado, 14 de fevereiro de 2009

"Sérgio Mário Regina: Muito além da semente"


“Sérgio Mário Regina: Muito além da semente” (2007), lançamento de estréia da AJB Editora Ltda., empresa pertencente à AJB GROUP de Florianópolis- SC, que nos presenteia com a história de vida, de luta e de trabalho de Sérgio, engenheiro agrônomo, nascido em Varginha, Minas Gerais, e que ultrapassou suas fronteiras através de seu trabalho honesto, seu bom-humor e de sua fé em cada uma das causas que abraçou. Começou sua carreira profissional como extensionista rural no Estado de Minas Gerais, tendo sempre a preocupação de unir os segmentos relacionados à agricultura em prol do crescimento conjunto de nossos produtos, produtores e comerciantes. Como profissional competente que sempre fora, solidário ao compartilhar seus conhecimentos, recebeu o convite para ampliar suas atividades em Brasília, no Ministério da Agricultura e Abastecimento. Sob sua coordenação, dentre outros projetos, foram desenvolvidos os Planos Nacionais de Produção e Abastecimento (de alho, batata, cebola, tomate), responsáveis pelo destaque do Brasil no condizente à horticultura. Com olhar sócio-político aguçado, voltou-se também às causas do meio-ambiente, formando grandes e sólidas parcerias, e empenhando-se pela preservação do Rio Verde, pelo bom uso das nossas águas, pela Amazônia, pelas safras solidárias e por outras causas ambientais, cujos benefícios ainda se estenderão a muitas gerações. Direcionando seu trabalho para a alteridade, contagiou todos que, por ventura, tiveram a felicidade de trabalhar com o Dr. Regina, como era chamado pelos colegas. É o verdadeiro exemplo de um semeador do bem comum, como se pode perceber nos depoimentos contidos em sua biografia. No momento em que se decide ler sobre Sérgio Mário Regina, decide-se, também, abrir o coração para essa semeadura, que pode ter continuidade através de cada um de nós, seus leitores.
Florianopolis : AJB, 2007.
156p. : il., retrs.
ISBN
9788561219000 (broch.)
Preço médio: R$ 25,00
Onde encontrar: Estante Virtual <-- (clique no link)

O BRASIL PERDE MAIS UM ECOLOGISTA

"Nós viemos ao mundo para dar bons shows e colher aplausos" (Sérgio Regina).
Faleceu no dia 11/01/2009, Sérgio Regina, defensor do meio ambiente, defensor das “matas ciliares”, expressão criada por ele que teve papel importante na defesa do meio ambiente não só na região como também em todo o Brasil e teve o seu trabalho reconhecido até no exterior.
No entanto, poucos sabem quem foi Sérgio Mário Regina. Na internet há pouquíssimas referências a ele e nem a Wikipédia dedica algum espaço e esse notável e, paradoxalmente, desconhecido ecologista.
Vejamos o que dele diz Nozomu Makisuima, seu colega de trabalho:
Natural de Varginha - MG, formou-se engenheiro agrônomo em 1956 pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", USP, Piracicaba - SP.
Iniciou sua vida profissional como extensionista da EMATER - MG onde ocupou o cargo de coordenador de Hortaliças e posteriormente de Olericultura.
Na EMBRATER, coordenou o Programa de Horticultura (PROHORT) dando ênfase a capacitação/reciclagem dos extensionista de todo o Brasil, convocado pelo então Ministro da Agricultura Alysson Pauinell, como consultor da Secretaria Nacional de Produção criou e foi titular da Gerencia de Horticultura quando implementou os programas Nacionais de Produção e Abastecimento de Alho, Batata, Cebola e Maçã. Realizou vários eventos como "raids", cursos, mostras e outros, pelos diversos Estados do pais, principalmente naquele tradicionais de tais espécies de hortaliças. Incentivou a criação de produtores locais, regionais, estaduais e nacional de alho, batata, cebola e maçã.
Sérgio Regina não atuou somente na área olericola. Preocupa-se com a conservação dos recursos naturais, principalmente da água. Dessa preocupação resultou a criação do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Verde. Desenvolveu também o "raid" Colha Chuva Para Produção de Água, programa desenvolvido pela EMATER - MG e EPAMIG donde trabalhou desde 1994 após 35 anos dedicados à Extensão Rural. Todas as atividades desenvolvidas por Sérgio foram direcionadas para o bem comum da sociedade. Tanto isto é verdade que recebeu 84 honrarias de reconhecimento público. Entre elas, foi o primeiro ganhador co Prêmio Marcílio de Souza Dias, da Sociedade de Olericultura do Brasil.
Fonte
Associação Brasileira de Horticultura.
Nota do blog: Sérgio Mário Regina morreu de câncer aos 76 anos.


Diz o Globo Rural: Sérgio Mário Regina, que se destacou na luta pela preservação ambiental, teve as cinzas jogadas na nascente do Rio Verde (quinta feira, 12/02/2009). A vontade dele foi expressa em testamento e cumprida pelo filho. Clicando no link Globo Rural você verá o vídeo da solenidade que culminou com o lançamento das suas cinzas no rio.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O COMBUSTIVEL QUE VEM DO ESGOTO



Em Oslo, na Noruega, as pessoas levam a sério a reciclagem de materiais e a questão do desperdício de combustíveis fósseis: 80 ônibus, em fase experimental, serão movidos a material fecal humano.
Os ônibus serão equipados com máquinas que transformam o esgoto em gás metano. O metano funcionaria como combustível, movendo o motor do ônibus, impulsionando o veículo.
Duas estações de esgoto na cidade serão modificadas para servirem de “posto” aos veículos. Quanto aos ônibus apenas pequenas “reformas” serão necessárias. Levando em consideração a economia de
combustível fóssil, é um pequeno preço a pagar para maiores lucros posteriores (o biometano custaria cerca de 0,40 euros a menos por litro).
Os testes devem começar em setembro. Se tudo der certo, as empresas de transporte estão planejando transformar os 80 ônibus em 400 em pouco tempo. Cada veículo evitaria a emissão de 40 toneladas de gás carbônico na atmosfera.
O cheiro das emissões que substituiriam o gás poluente não foi comentado.

Veja o que fala a Superinteressante:

Ônibus movido a cocô!

Na tentativa de depender cada vez menos dos combustíveis fósseis no setor de transportes – que, desde 2000, contribuiu para um aumento de 10% na poluição do ar e 50% das emissões de CO2 –, o Conselho de Oslo decidiu apostar no biometano, o que quer dizer, em palavras menos polidas, no cocô. É que os microorganismos presentes no esgoto quebram o material fermentado e produzem um gás que consegue alimentar motores – desde que sejam feitas leves modificações.A partir de setembro deste ano, esse gás será captado e vai mover os ônibus públicos da cidade a um preço bem mais baixo: €0,27 contra €0,67 por litro de combustível. A equação do carbono é nula, já que o carbono que consumimos vem da atmosfera e não da crosta terrestre, como no caso das matrizes fósseis.No entanto, como é usada eletricidade nas estações de esgoto para converter o gás em combustível, a conta é de que sejam emitidas 18 toneladas de carbono por ônibus em um ano – o que significa uma economia de 44 toneladas por unidade, por ano.
O biometano produzido em Oslo será capaz de alimentar 80 ônibus, mas se a idéia der certo, é provável que o produto seja misturado ao biogás – proveniente da queima de resíduos de cozinha – e abasteçam a frota dos 400 ônibus da cidade.Na tentativa de depender cada vez menos dos combustíveis fósseis no setor de transportes – que, desde 2000, contribuiu para um aumento de 10% na poluição do ar e 50% das emissões de CO2 –, o Conselho de Oslo decidiu apostar no biometano, o que quer dizer, em palavras menos polidas, no cocô. É que os microorganismos presentes no esgoto quebram o material fermentado e produzem um gás que consegue alimentar motores – desde que sejam feitas leves modificações.
A partir de setembro deste ano, esse gás será captado e vai mover os ônibus públicos da cidade a um preço bem mais baixo: €0,27 contra €0,67 por litro de combustível. A equação do carbono é nula, já que o carbono que consumimos vem da atmosfera e não da crosta terrestre, como no caso das matrizes fósseis.No entanto, como é usada eletricidade nas estações de esgoto para converter o gás em combustível, a conta é de que sejam emitidas 18 toneladas de carbono por ônibus em um ano – o que significa uma economia de 44 toneladas por unidade, por ano.O biometano produzido em Oslo será capaz de alimentar 80 ônibus, mas se a idéia der certo, é provável que o produto seja misturado ao biogás – proveniente da queima de resíduos de cozinha – e abasteçam a frota dos 400 ônibus da cidade.
Clicando no logo do Hypescience ou no link da Superinteressante você encontra as matérias completas.