Pesquisa da revista espanhola CONSUMIDOR EROSKI revela descuido nas aplicações de normas de desinfecção e higiene dos materiais utilizados.
Analisados 160 estabelecimentos de tatuagem e piercing em 18 capitais as práticas continuam sem a necessária informação.
Tatuagem e piercing estão intimamente ligados à moda e tendências urbanas. Mas a sua implantação, na pele ou sob a pele, não parece tão simples. As duas operações passam por uma intervenção invasiva que requer adequada aplicação de medidas rigorosas de higiene, sanitárias e de limpeza. O objetivo é evitar uma prática irregular ou uma decisão precipitada que pode gerar efeitos nocivos. Contudo, com base na investigação que fez CONSUMIDOR EROSKI em 160 centros dedicados a esta atividade na Espanha(uma em cada dez dos que estão no país) em 18 capitais, o termo "informação" não está tatuado nas mentes da maioria dos que se dedicam a perfurar a pele para adicionar pigmentos (nas tatuagens) ou introduzir peças metálicas (nos piercing). Assim, as intervenções implicam uma quebra da barreira protetora do organismo, que é a pele. Em 72% dos casos dos dependentes nem lhes foi perguntado se sofriam algum tipo de alergia ou outra doença. Os pigmentos e os metais usados devem passar também por rigoroso controle de qualidade. Caberia aos órgãos da saúde exercer rigorosa fiscalização sobre os estabelecimentos que praticam tatuagem e piercing e ainda sobre os profissionais que executam tais práticas. Uma perguntinha básica seria: onde aprenderam a técnica? A outra seria: qual o órgão do setor de saúde o credenciou para tais operações invasivas? Documentos do profissional e licença para o estabelecimento seriam as outras perguntinhas.
Mesmo que a limpeza e a higiene tenham melhorado em comparação com um estudo semelhante realizado pela revista EROSKI em 2004, encontram-se muito longe do desejável. Estes elementos (limpeza e higiene) desempenham um papel crucial no risco elevado de infecção. De fato, a utilização de adorno no corpo só deve ser feita a partir de um acompanhamento médico ou de um profissional qualificado da área da saúde. Imaginem que a pesquisa foi feita em um país de primeiro mundo (Espanha). E aqui no Brasil quem controla essa atividade quase clandestina?
Para maiores informações clique nos links CONSUMIDOR EROSKI
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