sábado, 22 de março de 2008

ÁGUA CARA: VOCÊ PAGARIA R$ 99,00 POR UMA GARRAFA DE ÁGUA?



Você pagaria R$ 99,00 por uma água engarrafada?
por Kevin Bonsor - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Qual o valor máximo que você pagaria por uma garrafa de água? R$ 3,50? Talvez R$ 7,00 em um show? E que tal R$ 99,00?
Bling H2O, a nova (e cara) água engarrafada
Acredite ou não, mas existe uma garrafa de água que custa R$ 99,00. Kevin Boyd, um escritor e produtor de Hollywood, lançou uma
água engarrafada (em inglês) de "luxo" chamada Bling H2O que custa em média 99 reais. Dependendo do tamanho, os preços podem variar entre R$ 45,00 a até R$ 135,00. O que há de tão especial na Bling H2O que a torna tão cara? Esta água é tratada diferentemente da água engarrafada que você compra nas lojas de conveniência nos postos de gasolina? Ao menos ela vem com vitaminas?
Infelizmente, você não encontrará quaisquer vitaminas na Bling H2O. A água, porém, recebe mais tratamento do que a água comum de garrafa plástica que custa, em média, R$ 3,60. De acordo com o site da Bling H2O, a água é engarrafada de fontes naturais em Dandridge, Tenn. A empresa declara que usa um "processo de purificação de nove etapas que inclui ozônio, ultravioleta e microfiltragem". Isso parece bom, mas a pergunta permanece: isso justifica o seu valor de R$ 99,00?
Dê uma olhada na própria garrafa: isso pode responder a qualquer pergunta sobre o seu custo. Fiel ao nome de marca (bling é uma gíria usada para jóia), a garrafa de Bling H2O é muito mais do que um recipiente plástico para armazenar simplesmente água. As garrafas estão disponíveis em vidros congelados de edição limitada e são cobertas com cristais Swarovski. Mesmo o site da Bling H2O admite que o produto é tanto imagem quanto sabor. Originalmente a empresa distribuía a água somente para atores e atletas. Celebridades como Jamie Foxx e Ben Stiller foram fotografadas exibindo garrafas brilhantes, e Paris Hilton supostamente dá a água ao seu
cachorro. Agora, a água está disponível ao público e se destaca em sofisticados restaurantes de Nova York. Os criadores da Bling H2O também vendem a garrafa como reutilizável e reabastecível: você pode ostentá-la pela cidade e mostrar o quão moderno e ecologicamente correto você é.
Teste de sabor Bling
Testes cegos de sabor na cidade de Nova York colocaram a Bling H2O ao lado de água engarrafada comum e água de torneira de Manhattan. As reações se mostraram surpreendentes e imprevisíveis: a maioria das pessoas declarou a água de torneira de Manhattan como de melhor sabor, enquanto a Bling H2O foi considerada como simples água de torneira.
Mesmo sem o custo oriundo da garrafa decorativa e sua marca associada, a Bling H2O ainda seria cara. A seguir, veremos os custos por trás da água engarrafada.
O custo da água engarrafada
Um galão de gasolina (3,7 litros) custa cerca de R$ 9,62. Se presumirmos que uma garrafa de água de 1 litro da loja custa cerca de R$ 5,00, um galão da mesma água engarrafada custaria cerca de R$ 18,50. A água, a substância mais necessária à vida, custa cerca de três vezes mais do que a gasolina quando vendida dentro de uma garrafa plástica. Se você quisesse encher o tanque de um carro com capacidade para 57 litros de gasolina, isso custaria cerca de R$ 148,20. Se você quisesse encher esse mesmo tanque de 57 litros como água engarrafada, isso custaria R$ 250,00 (fonte: Telmoquímica - preço médio da gasolina e da água em Fortaleza).
A água da torneira, por outro lado, custa uma fração do preço da água engarrafada. Os mesmos R$ 3,60 que você gasta em um litro de água engarrafada pagam cerca de 3,78 litros de água de torneira [fonte:
EPA].
Assim, apesar de ser mais barata que a Bling H2O, a água engarrafada ainda é cara.

Para saber mais clique no título da matéria (link)

HÁ MUITA ÁGUA NA TERRA MESMO?

Quanta água há na Terra?
Há um bocado de água na Terra! Algo em torno de 1.260.000.000.000.000.000.000 de litros (quero ver você dizer esse número) de água podem ser encontradas na Terra. Esse volume de água está em um ciclo constante: evapora no oceano, viaja pelo ar, cai no solo como chuva e então volta aos oceanos pelos rios.
Os oceanos são imensos. Cerca de 70% do planeta é coberto por oceanos e a média de profundidade deles é de cerca de mil metros.

98% da água do planeta está nos oceanos, que devido a sua quantidade de sal, não é potável.

Cerca de 2% da água do planeta é potável, mas a maior parte (1,6% da água total do planeta) está presa no gelo polar e em geleiras. Outros 0,36% são encontrados no subsolo, em aqüíferos e poços.

Apenas cerca de 0,036% do total do suprimento de água do planeta é encontrado em lagos e rios. Ainda é muita água, mas muito pouco se comparado com toda a água existente.
O resto da água do planeta está flutuando no ar na forma de nuvens e vapor d'água, ou dentro do corpo de plantas e animais (65% do seu corpo é composto por água, o que significa que, se pesa 100 kg, 65 deles são água pura).

Além disso tudo, ainda há os refrigerantes, leite e sucos de laranja que encontramos nas lojas e nas nossas geladeiras. Deve haver alguns bilhões de litros de água nas prateleiras de todas as lojas do mundo.

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DESPERDÍCIO DE ÁGUA: UM ABSURDO!!!


Diariamente nas capitais brasileiras o desperdício de água potável equivale a 2,5 mil piscinas olímpicas (em média 2,5 milhões de l de água). A perda de cerca de 6 bilhões de l - o suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas - acontece entre a retirada dos mananciais e a chegada às torneiras, segundo números do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), que traça um panorama do alcance de sistemas de saneamento básico e do volume de desperdício de águas no País.
De acordo uma das coordenadoras do ISA Marussia Whately, as perdas são causadas por vazamento nas redes de abastecimento, sub-medição nos hidrômetros e fraudes. "A maioria das capitais, 15 das 27, perde mais da metade da água produzida", de acordo com o relatório.

Porto Velho, capital de Rondônia, é a campeã em desperdício, com 78,8% de perda. As cidades de Rio Branco, de Manaus e de Belém também têm índices superiores a 70%. O desperdício nessas capitais seria suficiente para abastecer quase 5 milhões de habitantes.
De acordo com a superintendente de Produção de Água da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Tânia Baylão, a redução de desperdício passa por garantia de investimentos nas redes e atendimento rápido de notificações de vazamentos.
"Combater a perda tem que ser uma diretriz básica, temos inclusive uma linha de financiamento prioritária para isso", disse a superintendente.

O Distrito Federal é a unidade da federação com o menor registro de perda na distribuição, com 27,3%"
Além da perda na distribuição, o relatório também apresenta um mapa do consumo doméstico de água e mostra que a média nacional, de 150 litros por pessoa, está 40 litros acima do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, o consumo ultrapassa 220 litros por dia.
"Infelizmente, o brasileiro acha que como temos bastante água no Brasil, não é preciso economizar. Pelo contrário, temos regiões em que se você dividir o volume de água pela população, podemos considerá-las como áreas de déficit hídrico, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo", explicou o chefe das assessorias da Agência Nacional de Águas (ANA), Antônio Félix Domingues.
A representante do ISA Marussia Whately aponta a conta de água conjunta em condomínios residenciais como uma das causas do alto consumo em regiões urbanas. "O usuário acaba não tendo o mesmo cuidado com o aumento do consumo de água assim como tem com a conta de luz", compara.
Ela defende que "pequenas transformações em hábitos diários podem gerar grandes mudança" e acredita que a conscientização é uma das ferramentas para diminuir o desperdício.
Agência Brasil

UM BILHÃO E DUZENTOS MILHÕES DE SERES HUMANOS SEM ÁGUA POTÁVEL

22 de março, dia mundial da água: ‘A água não é Coca Cola’
No dia 22 de março celebra-se o dia mundial da água, ocasião propícia para fazer o balanço de um debate em curso que impulsiona a sociedade civil planetária há alguns anos e que toca aspectos sensíveis. Bem público ou mercadoria sujeita a privatização? É necessária uma Convenção Internacional sobre a água? E, particularmente, no caso que aconteça dita Convenção, a sorte das 1.200 bilhões de pessoas que hoje carecem do líquido vital realmente mudará? Tudo isso no contexto de uma realidade planetária que tem seus limites. Somente 2.5% do total de água existente é doce e, portanto, apropriada para o uso humano. As reservas não são eternas... Interrogações que foram analisadas na terceira sexta-feira de março, em Berna, Suíça, em um seminário-debate organizado pela Aliança Sul, plataforma que reúne a seis das mais atuantes ONGs suíças que atuam no campo do desenvolvimento.

RADIOGRAFIA DA INFÂMIA
Atualmente, segundo cifras das Nações Unidas, 1.2 bilhões de pessoas não têm acesso a uma quantidade suficiente de água para satisfazer suas necessidades básicas a um preço de acordo a suas possibilidades financeiras. Dessas, quase 100 milhões vivem na América Latina.
Caso não sejam tomadas medidas significativas rapidamente, estima que, em 2015, essa cifra aumentará para 3 bilhões, entrando em contradição com os Objetivos do Milênio estabelecidos pela ONU, que pretendem alcançar, até essa data, uma redução significativa da pobreza, incluindo as limitações de acesso à água potável.
Por trás dessa realidade, uma dupla constatação. Os enormes interesses de grandes empresas transnacionais que multiplicaram, nos últimos anos, seus lucros com as privatizações e com o engarrafamento da água.
Da mesma forma, a falta de vontade política. Os 10 bilhões de dólares que permitiriam resolver, anualmente, o problema da água -e suas conseqüências, em forma de enfermidades e mortes prematuras- poderiam ser obtidos caso o valor do orçamento militar mundial para apenas cinco dias fosse destinado para cumprir esse objetivo.
Várias ONGs internacionais se encontraram em novembro de 2006 em Marseille, França, e lançaram duas reivindicações básicas. Que se destine un 1 % do orçamentoo militar atual para o melhoramento da distribuição de água e dos serviços sanitários servicios sanitarios. E que se assegure a cada habitante do planeta um mínimo de 40 litros de água de boa qualidade por dia..

Há a necessidade de uma Convenção Internacional sobre o tema, tal como o enfatiza Rosemarie Bär, responsável pela política de desenvolvimento da plataforma de ONG suíças.

A proposta de uma Convenção motiva também a, presidenta do "Conselho de Canadenses", co-fundadora do "Projeto Planeta Azul" e Prêmio Nobel alternativo, que lhe foi outorgado por seu compromisso ecológico.
Para Barlow dita Convenção da ONU serviria de modelo para as constituições dos difeentes Estados.
"Água, não Coca-Cola", enfatiza a militante social canadense Maude Barlow para diferenciar o conceito de bem público do de mercadoria negociável. E, se a luta para garantir o acesso á água continua sendo a parte mais importante do movimento global pela defesa do líquido vital, a Convenção projeta-se como uma meta dinamizadora que une o movimento, assegura.

A ONU E O DIA MUNDIAL DA ÁGUA


22 de março - Dia Mundial da Água

O dia 22 de março comemora o Dia Mundial da Água.

Nesse dia teremos mais uma edição da postagem coletiva do Faça a sua parte.

A ONU escolheu 2008 como o "Ano Internacional do Saneamento". O Dia Mundial da Água fará parte dos eventos programados. A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de dezembro de 1992 (p. 22/02/93), através da qual 22 de março de cada ano seria declarado Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21.

E através da Lei n.º 10.670, de 14 de maio de 2003, o Congresso Nacional Brasileiro instituiu o Dia Nacional da Água na mesma data.Visite o Calendário Verde do Faça a sua parte e leia mais sobre o Dia Mundial da água.

Clique no banner e informe-se. Veja porque o saneamento é um tema importante não apenas para o meio ambiente, mas para todos nós.

A Terra deveria chamar-se ÁGUA. Pense nisso. Há muita coisa para ser escrita. PARTICIPE! Faça seu post e deixe aqui um comentário com o link.

No dia 22 faremos um lista com os participantes. Depois, a lista será incorporada ao Calendário Verde do Faça a sua parte e seu post servirá de fonte de consulta para estudantes

A ESCASSEZ DE ÁGUA POTÁVEL



Um planeta em busca de água potável
ONU declara 2008 o ano do saneamento e antecipa para esta quinta a comemoração do Dia Mundial da Água
O Estado de S. Paulo (20.03.2008)
SÃO PAULO - Hoje 1,2 bilhão de pessoas sofrem com a escassez de água. Outros 2,6 bilhões de pessoas não dispõem de coleta de esgoto adequada. Nesse cenário, e com a progressiva piora do acesso aos recursos naturais provocada pelo aquecimento global, a Organização das Nações Unidas alerta para o risco de conflitos armados pelo controle de mananciais, tanto entre nações como de grupos rivais num mesmo país. Para dar o devido destaque a esses números e projeções, a ONU declarou 2008 o ano do saneamento. E antecipou para esta quinta-feira, 20, em Genebra a comemoração do Dia Mundial da Água - a data formal, 22 de março, coincidiria com o feriado da Páscoa.

Leia a íntegra do Especial do Dia Mundial da Água
:

ONU vê risco de conflito em 46 países por causa da água
Água virtual das commodities, o trunfo estratégico brasileiro
No centro, a água, a terra, o sol
Disputa entre Israel e Jordânia ameaça Rio Jordão e Mar Morto
Acesso ao recurso esteve por trás da Guerra dos 6 Dias
Lata d?água (poluída) na cabeça
Sem tratamento de esgoto, cidade fica vulnerável à cólera
BA investe em saneamento e morte por diarréia cai 22%
Projetos de irrigação secam no NE
Após investimento de R$ 200 mi, abandono e invasão do MST
Estudos desmentem mitos sobre o Guarani
Em Ribeirão, água fácil e desperdício
A falta de saneamento, que ocorre até mesmo em países do Primeiro Mundo, põe em risco a sobrevivência de pessoas e a preservação de mananciais. Quando não causa mortes, aumenta os gastos com atendimento médico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 6% de todas as doenças são causadas por consumo de água inadequada, falta de coleta de esgoto e de higiene. Só a diarréia, principal moléstia relacionada ao problema, mata mais de 2 milhões de pessoas por ano - pelo menos 1,5 milhão delas são crianças com menos de 5 anos. É a segunda principal causa de mortalidade infantil no mundo - perde apenas para a pneumonia.
Em artigo publicado nesta quinta na revista científica Nature, Jamie Bartram, coordenador do Programa de Água, Saneamento e Saúde da OMS, lembra que, em meados do século 19, a Europa tomou consciência do problema e fez investimentos maciços para controlar surtos de cólera e febre tifóide, em uma ação que foi considerada uma das mais importantes para o avanço da saúde na história. "Lamentavelmente, vergonhosamente, 150 anos depois da ?revolução sanitária?, as conseqüências da falta de saneamento permanecem devastadoras."
A OMS apela para que novos investimentos sejam feitos para cumprir os Objetivos do Milênio, que prevêem que até 2015 o número de pessoas sem esgoto coletado caia à metade. "E, mesmo se isso ocorrer, 875 milhões ainda estarão coletando água a distância, de fontes não protegidas, e 1,7 bilhão de pessoas não terão nem uma simples latrina em casa", alerta Bartram.
No Brasil, a situação é preocupante. Pouco mais de 48% da população dispõe de coleta de esgoto. Do total recolhido, só 32,2% são tratados, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas com o Instituto Trata Brasil indica que, no ritmo em que o sistema tem se expandido nos últimos anos, o País só será capaz de cumprir a meta da ONU de coleta de esgoto em 56 anos. Para universalizar o acesso a esgoto tratado, só em 2122.
O governo federal reconhece que houve atraso do setor, apesar da melhoria no fornecimento de água, que hoje chega a 93,1% da população. E espera que com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos de R$ 10 bilhões em saneamento até 2010, o Brasil recupere o tempo perdido.

HOJE É O DIA MUNDIAL DA ÁGUA

CARÍSSIMOS INTERNAUTAS:
Hoje estamos fazendo postagens especiais alusivas ao Dia Internacional da Água. Para nossa surpresa os grandes jornais do mundo inteiro pouco trataram do tema. Os temas recorrentes destesábado foram os eventos da semana santa, a crise financeira dos Estados Unidos, as eleições presidenciais dos Estados Unidos com a baixaria que já se revela, futebol, etc.

TELMOCIÊNCIAS sempre atento e comprometido com as causas do meio ambiente e a defesa da cidadania, se faz presente repercurtindo noticias, idéias e proporstas em defesa desse bem precioso que é a água, imperativo de sobrevivência de modo especial para a espécie humana e de modo geral para todos os seres vivos.

"A face do mundo será mudada por guerras pela água se nada for feito para evitar esses conflitos" diz Gareth Thomas, Ministro do Desenvolvimento Internacional. E acrescenta: "se não agirmos, a realidade é que os suprimentos de água potável tornar-se-ão objeto de conflitos internacionais dentro de poucos anos. Nós devemos investir agora para evitar de pagar um alto preço no futuro".
(publicada no jornal britânico The Independent em 22.03.2008 - para ler o texto inteiro em inglês é só clicar no título da matéria (link).

Ban pede mais ação política no Dia da Água
20/03/2008
S
ecretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que saneamento inadequado mata uma criança a cada 20 segundos.
Iara Luchiari, Rádio ONU em Nova York*.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu em Nova York as comemorações do Dia Mundial da Água, marcado em 22 de março. O tema da mensagem de Ban neste ano é "Saneamento é Importante".
De acordo com ele, uma criança morre a cada 20 segundos por condições inadequadas de saneamento.
Metas do Milênio
Ao todo, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, no mundo, vivem sem saneamento básico. E 1,5 bilhão não tem acesso à água potável. Na mensagem, Ban lembrou que acesso à água e ao saneamento é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, uma proposta da ONU para erradicação ou redução de males sociais até 2015. A ONU também declarou 2008, Ano Internacional do Saneamento Básico.
Segundo Ban, os avanços para se alcançar a meta têm sido dificultados pela pobreza, pela falta de mais investimento, e principalmente do que ele chamou de vontade política.
Desperdício
No Brasil, um dos maiores desafios continua sendo o fornecimento de água tratada, como explicou à Rádio ONU, de Brasília, o diretor da Agência Nacional de Águas, Benedito Braga. "No Brasil, nós temos um atendimento à polulação urbana de 90% de água tratada. A população urbana brasileira, somente 10 % da população não têm acesso à água. No meio rural, este número cai para 70% de atendimento", disse. Braga também disse que a água não durará para sempre e por isso não deve ser desperdiçada.
África Subsaarina
"Em geral há esta noção de que existe água sobrando, que não é um recurso importante, mas nós temos que nos conscientizar da importância de usar este recurso de forma eficiente. A nossa expectativa é conscientizar as pessoas para o uso racional da água", disse. A situação mais grave sobre fornecimento de água e saneamento continua ocorrendo nos países da África Subsaariana.
Segundo Ban, estudos revelam que, no ritmo atual, a região só alcançaria a meta em 2076, com mais de 60 anos de atraso pela proposta da ONU.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Jābir ibn Hayyān ou Geber, o alquimista


CONVERSANDO SOBRE GEBER

Abu Musa Jābir ibn Hayyān, conhecido na Europa como Geber (uma versão do latinizada Jabir) foi um dos maiores gênios da Alta Idade Média: químicos, médicos, farmacêuticos, astrônomo, engenheiro, filósofo… também realizou trabalhos em áreas menos científica, como alquimia e astrologia, que na época eram, em muitos casos, entrelaçada com a verdadeira ciência. Como veremos, os seus estudos incluíram tentativas de criar vida artificial.
Nós não sabemos muito bem se era árabe ou de origem persa, mas era xiita e que nasceu na cidade de Tus, no moderno Irã, 721-722 de nossa era. Sua família vivia antes em Kufa, mas acredita-se que seu pai mudou-se para procurar apoio para a dinastia Abásida-se apoiar em sua revolta contra o Umayyad.
O pai de Geber provavelmente foi executado por esta última no seu próprio país, e a família fugiu para o Iémen, onde Abu Musa cresceu, estudou, além do Alcorão, naturalmente, a ciência e a matemática com o seu professor, al-Harbi HimyariQuando Abásidas finalmente alcançou o poder, Geber retornou para Kufa, onde desenvolveu quase todos os seus trabalhos. Sua vida foi dedicada quase exclusivamente à sua investigação, embora as suas conexões políticas tenham custado vida de seu próprio pai. No entanto, Geber foi protegido pelo Vizir Barmakid, servidor do célebre Califa Haroun al - Rashid. Quando a família do Vizir caiu em desgraça para 803, Geber também sofreu mas não foi executado - sofreu uma espécie de prisão domiciliar por doze anos, até sua morte em torno de 815. Esta meta poderia ter sido terrível para os outros, mas Abu Musa tinha vivido quase da mesma forma toda sua vida, e os seus estudos e investigações encheu seu tempo inteiro. À semelhança de outros gênios, era versado em quase qualquer coisa que você possa imaginar, e os avanços científicos realizados em muitas áreas. Estou convencido de que não emburreceu em seu confinamento.

De todas as disciplinas em que entrou, talvez pela influência de seu pai, um farmacêutico, alquimia (que lhe deu o seu primeiro impulso para uma verdadeira química) foi a sua verdadeira obsessão. A alquimia não era nada de novo, muito menos, no oitavo século: suas origens se perdem no tempo. Entre as várias teorias que tentam determinar a origem do nome, a minha favorita é a única que detém que provém de al-kimiya, e esta, por sua vez, de Khem, o nome sob que muitos conheciam o Egito. A alquimia -e, também, a química, então, seria algo como "a arte de Khem", homenageando os egípcios, verdadeiros especialistas no tratamento de muitos produtos químicos (especialmente aqueles relacionados com a embalsamamento de cadáveres, é claro). Sem dúvida, as primeiras tentativas de combinar e sintetizar substâncias, de forma mais ou menos científica, foram feitas pelos antigos egípcios e, mais tarde, por outros povos, como os chineses, os indianos e os gregos também desenvolveram esta prática

Principais trabalhos:
A expressão a seguir traduz o pensamento de Geber:"O que é mais essencial em química é desenvolver trabalhos práticos e conduzir experimentos. Aquele que não desenvolver trabalhos práticos realizando experimentos nunca atinge o nível do mais baixo dos Mestres".
Experimentando incansavelmente, Musa Abu Jābir ibn Hayyān não só inventou vários instrumentos e procedimentos laboratoriais que ainda usam hoje, mas sintetizou muitas substâncias, algumas de extrema importância em química: Trabalhou com o ácido sulfúrico (H2SO4), um composto essencial. Mas seus resultados foram muito para além disso. Grande parte do seu trabalho incidiu sobre ácidos, porque ele estava realmente interessado em transformar algumas outras substâncias, especialmente metais e ácidos são mais fortes das poucas substâncias que podem afetar de maneira visível e rápida os metais. Portanto, para começar a identificar ácidos que existem no quotidiano, substâncias como o ácido cítrico em muitos frutos (C6HO7), ácido tartárico em vinho (C4H6O6) vinagre ou em ácido acético (CH3-COOH), o ácido orgânico mais forte de todos.
Mas é uma pena que uma grande parte do trabalho dos alquimistas iria centrar-se na persecução absurda de mitos, como poções da eterna juventude (aparentemente uma idéia surgiu na alquimia china), ou o Philosopher's Stone, um conceito surgiu diretamente do Geber próprias teorias sobre o Transmutação de outras substâncias para variar sua secura e calor. No entanto, nem ele próprio Jābir Abu Musa ibn Hayyān nem os seus muitos seguidores, árabes e europeus, foram capazes de descobrir o segredo do fabulosa pedra filosofal.
Geber faz parte de uma limitada galeria de grandes alquimistas onde figuram
Francis Bacon, Isaac Newton, Maria, a Judia,Flamel, Paracelso,Roger Bacon, Lazarus Ercker, Biriguccio, Paracelsus, Isaac Newton e outros.
Matéria traduzida e editada de El Tamiz, clique no link para ler o artigo na íntegra em espanhol.
Para visitar o interessante site de EL TAMIZ, clique sobre o nome. Você poderá receber informações importantes por e-mail. É só se cadastrar.

GRANDES INVENTOS: O CD


CDS E DVDs


Os CDs e os DVDs estão em toda parte. Sejam usados para armazenar música, dados ou software de computador, eles se tornaram a mídia padrão para a distribuição de grandes quantidades de informações em um pacote confiável. Se você tem um computador e uma unidade de CD-R (com capacidade de gravação), pode criar seus próprios CDs, incluindo ali as informações que desejar.
Neste artigo, vamos dar uma olhada em como funcionam os CDs e as unidades de CD. Também vamos ver as diferentes formas de CDs e o que o futuro reserva para essa tecnologia.

Um CD pode armazenar até 74 minutos de música, de modo que a quantidade total de dados digitais que deve ser armazenada em um CD é de:
44.100 amostras/canal/segundo x 2 bytes/amostra x 2 canais x 74 minutos x 60 segundos/minuto = 783.216.000 bytes Encaixar mais de 783 megabytes (MB) em um disco de somente 12 cm de diâmetro requer que os bytes individuais sejam muito pequenos. Examinando a construção física de um CD, você pode começar a entender quão pequenos são esses bytes

Um CD é um pedaço de plástico bastante simples, com cerca de 1,2 mm de espessura. A maior parte de um CD consiste de uma peça de plástico de policarbonato transparente moldada por injeção. Durante a fabricação, esse plástico é impresso com sulcos microscópicos dispostos como uma trilha de dados em espiral, contínua e extremamente longa. Vamos falar desses sulcos daqui a pouco. Assim que a peça transparente de policarbonato é formada, uma fina camada refletora de alumínio é micropulverizada sobre o disco, cobrindo os sulcos. Em seguida, uma fina camada de acrílico é pulverizada sobre o alumínio para protegê-lo. A etiqueta é então impressa sobre o acrílico. Uma seção transversal de um CD completo (fora de escala) se parece com a figura ao lado.

Entendendo o CD: a espiral
Um CD possui uma trilha espiral de dados que circula do lado interno para o lado externo do disco. O fato de a trilha espiral começar no centro significa que o CD pode ser menor do que 12 cm, se desejado e, de fato, há cartões de figurinhas de beisebol e cartões de visitas que você pode colocar em um CD player. Os cartões de visita em CD guardam aproximadamente 2 MB de dados antes que o tamanho e o formato do cartão interrompam a espiral.
O que a foto à direita nem sequer permite imaginar é o tamanho incrivelmente pequeno da trilha de dados: ela tem aproximadamente 0,5 mícron de largura, com 1,6 mícron separando uma trilha da próxima (um mícron é um milionésimo de um milímetro). E os sulcos são ainda menores...
Os sulcos na trilha de um CD
Cada sulco alongado que compõe a trilha tem 0,5 mícron de largura, comprimento mínimo de 0,83 mícron e altura de 125 nanômetros (um nanômetro é um bilionésimo de um metro.) Olhando os sulcos através da camada de policarbonato, eles se parecem com isto:
Você freqüentemente ouvirá falar de "pits" em vez de sulcos do CD. Eles aparecem como "dentes" no lado do alumínio, mas são sulcos no lado de leitura do laser.
As dimensões incrivelmente pequenas dos sulcos formam uma trilha espiral extremamente longa. Se você pudesse arrancar a trilha de dados de um CD e esticá-la em uma linha reta, ela teria 0,5 mícron de largura e quase 5 quilômetros de comprimento!
Para ler algo assim tão pequeno você precisa de um mecanismo de leitura de disco extremamente preciso.
PARA SABER MAIS CLIQUE NO TÍTULO DA MATÉRIA
PARA SABER COMO AS COISAS FUNCIONAM CLIQUE NO LINK ABAIXO:
HOW STUFF WORKS que é um site de curiosidades e informações científicas.

LEMBRANDO OU RELEMBRANDO VLADIMIR HERZOG


Por mataram o Herzog?

Comentário do blog:

Visitando a estante das Americanas deparei com um livro que me despertou interesse. Ao preço de R$ 9,90 (nove reais e noventa centavos) adquiri Meu querido Vlado do jornalista Paulo Markun. A sua leitura é obrigatória para quem desejar conhecer o perfil de Hergoz barbaramente trucidado nos labirintos de um dos piores antros de tortura da ditadura militar: o DOI-CODI de São Paulo localizado no cruzamento das Ruas Tutoia e Tomás Carvalhal no bairro Ibirapuera, em São Paulo. Após o assassinato frio do jornalista a ditadura inventou a farsa de um suicidio tecnicamente inverossímil. Não havia espaço físico para que o corpo do jornalista pendesse ocasionando a asfixia. A história escrita por seu companheiro de jornalismo e de prisão merece ser conhecida para servir de base a uma ou muitas reflexões sobre a truculência dos anos de chumbo.
Por que Herzog foi assassinado? Por ser formador de opinião, por ter pensado um Brasil livre e ter defendido com paixão suas idéias e seus ideais?
Para saber mais só tem um jeito: leia o livro.

Comentário de Paulo Markan (na capa do livro)

"Alguns vão parar no olho do furacão por vontade própria. Outros chegam lá por força das circunstâncias. Foi que aconteceu com Vladimir Herzog e comigo. Desde seu primeiro dia de trabalho na TV Cultura - onde assumira a direção de jornalismo, me entregando a chefia de reportagem - Vlado tornou-se o alvo preferencial de uma campanha que procurava apresentar a emissora como estando sob o perigoso controle dos comunistas, a serviço da subversão internacional. Vlado e eu éramos, realmente, militantes do então clandestino Partido Comunista Brasileiro, mas o projeto dele para o jornalismo da Cultura era claro, cristalino e fora previamente aprovado pelo governo do Estado. O anticomunista babão de alguns jornalistas, deputados e delegados estava a serviço da operação secreta que buscava liquidar o chamado Partidão e enquadrar os tímidos intuitos de abertura política do general Geisel, insuportáveis para os militares da chamada linha dura. Nos restava pouco a fazer diante daquela singular conjugação de fatores. E acabamos indo parar naquilo que os próprios agentes do Doi-Codi, o todo-poderoso organismo de repressão política definiam, orgulhosamente, como "a sucursal do inferno". Junto com dezenas de companheiros, fui preso dia 17 de outubro de 1975. Uma semana mais tarde, uma equipe do Doi-Codi foi à Cultura prender o diretor de jornalismo. Sob a promessa de se apresentar na manhã seguinte, Vlado dormiu em casa. Na manhã seguinte, cumpriu o combinado. Horas mais tarde, estava morto. Para encobrir o assassinato, forjaram seu suicídio por enforcamento - mais uma na longa série de mentiras com que os militares tentavam ocultar o que ocorria no porão do regime. Mas, pela primeira vez depois de muito tempo, a sociedade reagiu à uma morte sob tortura." - Paulo Markun
Serviço:
Markun, Paulo
Editora OBJETIVA
198 páginas
Por R$ 31,90
preço nas Americanas(com um pouco de sorte): R$ 9,90
ano de edição: 2005

domingo, 6 de janeiro de 2008

SAUDADES DO HENFIL. COMO O TEMPO PASSOU RÁPIDO...

SAUDADES DO HENFIL
HENRIQUE DE SOUZA FILHO, ou Henfil como era conhecido o desenhista jornalista e escritor, nasceu a 05 de fevereiro de 1944, em Ribeirão das Neves - Minas Gerais, e cresceu na periferia de Belo Horizonte; onde frequentou o Colégio Arnaldo da Ordem do Verbo Divino, um curso supletivo noturno e um curso superior de Sociologia, que abandonou depois de dois meses. Henfil morreu no Rio de Janeiro, em 04 de janeiro de 1988, com 43 anos. Era hemofílico e contraiu Aids através de uma transfusão de sangue, mas sempre teve uma saúde bastante delicada, assim, como seus dois irmãos (Herbert e Francisco Mário ) também hemofílicos. Além deles, Henfil tinha mãe e mais cinco irmãs.
Foi embalador de queijos, "boy" de agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 60, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos, tornando-se conhecido nacionalmente, a partir de 1969, quando passou a colaborar no "Pasquim", lançando em 1970 a revistinha "Os Fradinhos", ou apenas "Fradins". Suas tiras foram posteriormente divulgadas em vários países, do mundo sob o título "The Mad Monks", mas a experiência durou pouco, pois seus personagens foram considerados doentios.
Foi em 1964 o início da carreira de cartunista e quadrinhista Henfil. Deu-se na Revista Alterosa de Belo Horizonte, a convite do editor e escritor Robert Dummond, onde nasceram originalmente "Os Fradinhos". Em 1965, começou a fazer caricatura política para o Diário de Minas, em 1967, fez charges esportivas para o Jornal dos Sports do Rio de Janeiro, colaborando ainda nas revistas Visão, Realidade, Placar e o Cruzeiro. A partir de 1969, fixou-se no semanário Pasquim e no Jornal do Brasil, onde seus personagens atingiram um nível de popularidade pouco comum em termos de Brasil.
A produção de histórias em quadrinhos e cartuns do mineiro Henfil já possuía então sua marca registrada: um desenho humorístico político, crítico e sátiro, com personagens tipicamente brasileiros.
Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde e de onde resultou seu livro "Diário de um Cucaracha". De volta ao Brasil residiu algum tempo no Rio e depois em Natal - RN, retornando novamente ao Rio de Janeiro.
Além das histórias em quadrinhos e cartuns de estilo inconfundível, Henfil realizou, também, uma peça de teatro - "A Revista do Henfil" (em co-autoria com Oswaldo Mendes); escreveu, dirigiu e atuou no filme "Tanga - Deu no New York Times", teve uma incursão na televisão com o quadro " TV Homem", do programa "TV Mulher", na Rede Globo de Televisão. Como escritor, publicou ainda sete livros. São eles: "Hiroxima, meu humor", "Diário de um cucaracha", (1976), "Dez em humor" (coletiva, em 1984), "Diretas já " (1984) e "Henfil na China", 'Fradim de Libertação" (1984), "Como se faz humor político". (1984).
Henfil destacou-se, também, pela sua participação na política do país, devido ao seu engajamento na resistência contra a ditadura, pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já.
Finalmente, é importante ressaltar o papel exercido por Henfil na história dos quadrinhos brasileiros: na renovação do desenho humorístico nacional; na criação de personagens típicos brasileiros, como "Os fradinhos", o "Capitão Zeferino", a "Graúna", e "Bode Orelana", entre outros - fazendo um quadrinho da descolonização, em uma época que isto era exceção, já que os quadrinhos nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos norte-americanos pelo mundo inteiro; por seu combativo e alegórico humor gráfico brasileiro, fazendo da crítica uma arma de resistência e combate ao sistema político do país.
Fontes: CIRNE, Moacy. História e crítica dos quadrinhos brasileiros. Rio de janeiro, Europa: FUNARTE, 1990. CIRNE, Moacy. Uma introdução política aos quadrinhos. Rio de Janeiro, Achiané / Angra, 1982. ENCICLOPÉDIA Mirador InternacionalHENFIL morre de Aids aos 43 anos após cinco meses de internamento. Folha de São Paulo, 05/01/88, p.1-12.
A Gibiteca Henfil possue para consulta a coleção completa dos Fradins, os livros A volta do Fradim, Diretas já, Isto era, Henfil na China, Fradim de libertação, Como se faz humor político e exemplares do Pasquim. Possue também acervo para pesquisa sobre o Henfil, entre eles, um fanzine de autoria de José Eduardo Cimó, livros teóricos, recortes de jornais e folhetos.
Para saber mais visite:
http://www.culturabrasil.pro.br/cartasdamae.htm - são cartas que Henfil enviou para a sua mãe
Leia abaixo uma delas:
São Paulo, 11 de abril de 1979.

Mãe,

Não suporto mais a saudade sufocante do meu irmão Betinho. Minha vida segue sem sentido e sem alegrias. Sai um disco do Chico e não consigo me entregar no canto que gostaria de partilhar com ele e com a Maria. O grito de gol fica preso no peito porque me sinto sozinho no Maracanã mais lotado.
Profissionalmente? Estou bem, muito bem. Mas eu queria que eles também se orgulhassem de mim ao receberem o jornal de manhãzinha na porta da casa deles, aqui, como todos. Faltam duas palmas, duas risadas brancas e quentinhas na hora em que as cartas são lidas ou as gracinhas são feitas na "Revista do Henfil".
Perdoa, mãe, mas biscoito de farinha só é gostoso se mastigado olhando nos olhos do irmão que sente na mesma hora a mesma delícia.
A bênção de um dos seus filhos,
Henfil

VINTE ANOS SEM HENFIL, O CARTUNISTA DA LIBERDADE

Henfil
5/2/1944, Riberão das Neves (MG)4/1/1988, Rio de Janeiro (RJ)
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u406.jhtm

Henrique de Souza Filho era hemofílico e sempre teve uma saúde bastante delicada, assim como seus dois irmãos, Herbert de Sousa, o Betinho, e Francisco Mário. Além deles, tinha mais cinco irmãs.Henfil nasceu em Ribeirão das Neves e cresceu na periferia de Belo Horizonte, onde freqüentou um curso superior de Sociologia, que abandonou depois de dois meses.Foi embalador de queijos, "boy" de agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 1960, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos.O início de sua carreira de cartunista e quadrinista foi na Revista Alterosa, de Belo Horizonte, a convite do editor e escritor Robert Dummond, onde nasceram suas personagens mais famosas, "Os Fradinhos". Em 1965, começou a fazer caricatura política para o Diário de Minas. Fez charges esportivas para o Jornal dos Sports do Rio de Janeiro, em 1967, colaborando também nas revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro.A partir de 1969, fixou-se no semanário Pasquim e no Jornal do Brasil, onde seus personagens atingiram um grande nível de popularidade. Em 1970, lançou a revista Os Fradinhos, com sua marca registrada: um desenho humorístico, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros e que retratavam as situações da época.Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde, e escreveu seu livro "Diário de um Cucaracha". De volta ao Brasil, morou algum tempo no Rio e em Natal (RN), retornando novamente ao Rio de Janeiro.Além das histórias em quadrinhos e cartuns, Henfil realizou a peça de teatro "A Revista do Henfil" (em co-autoria com Oswaldo Mendes), escreveu, dirigiu e atuou no filme "Tanga - Deu no New York Times" e teve uma incursão na televisão com o quadro "TV Homem", do programa "TV Mulher", na Rede Globo.Como escritor, publicou sete livros entre 1976 e 1984: "Hiroxima, Meu Humor", "Diário de Um Cucaracha", "Dez em Humor" (coletiva), "Diretas Já", "Henfil na China", "Fradim de Libertação" e "Como se Faz Humor Político".Henfil teve uma atuação marcante nos movimentos políticos e sociais do país, lutando contra a ditadura, pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já. Na história dos quadrinhos no Brasil, renovou o desenho humorístico com seus personagens "Os Fradinhos", o "Capitão Zeferino", a "Graúna", e "Bode Orelana", entre outros.Devido a uma transfusão de sangue em um hospital público, durante tratamento da hemofilia, contraiu o vírus da Aids e faleceu em 1988, em decorrência da doença.


ALFABETIZACAO ECOLOGICA - A EDUCACAO DAS CRIANCAS PARA UM MUNDO SUSTENTAVEL
http://www.fnac.com.br/Product.aspx?idProduct=9788531609602&idDept=188&src=

STONE, MICHAEL K / BARLOW, ZENOBIA
CULTRIX
ISBN: 9788531609602
por: R$ 36,00
Ano Edição : 2006
Número Edição : 1
Qtde. Páginas : 312
Resenha:
Segundo os pensadores e educadores que escreveram este livro revolucionário, reorientar o modo como os seres humanos vivem e educar as crianças para que atinjam seus potenciais mais elevados são tarefas com aspectos bem semelhantes. Ambas têm de ser vistas e abordadas no contexto dos sistemas: familiar, geográfico ecológico e político. Nosso empenho para criar comunidades sustentáveis será em vão caso as uturas gerações não aprendam a estabelecer uma parceria com os sistemas naturais, em benefício de ambas as partes. Em outras palavras, elas terão que ser "ecologicamente alfabetizadas".O conceito de "alfabetização ecológica", inspirado nas teorias de Fritjof Capra e de outros líderes do Centro de Eco-Alfabetização, localizado em Berkeley, na Califórnia, vai além de educação ambiental como disciplina escolar. Ele visa, como escreveu David W. Orr em seu Prólogo, "uma transformação mais profunda no conteúdo, no processo e no alcance da educação em todos os níveis".Os artigos e ensaios reunidos neste livro - primeira publicação oficial em língua portuguesa do Centro de Eco-Alfabetização - revelam o trabalho notável que está sendo realizado pela vasta rede de parcerias desse Centro. Numa escola de nível médio, por exemplo, Alice Waters, um ícone no mundo da culinária, criou um programa que não apenas oferece aos estudantes saudáveis, mas também os ensina a cultivar uma horta - e nela estudar os ciclos da vida e os fluxos de energia - como parte do currículo. Entre os projetos estudantis apoiados pelo Centro de Eco-Alfabetização e descritos neste livro estão a recuperação e exploração de baias hidrográficas, parcerias entre fazendas e escolas, e programas de educação ecológica voltados para a justiça ambiental.Com contribuições de renomados escritores e educadores, como Fritjof Capra, Wendell Berry e Michael Ableman, Alfabetização Ecológica reúne teoria e prática com base no que existe de mais avançado em termos de pensamento sistêmico, ecologia e educação. Pais e educadores de todas as partes do mundo interessados no desenvolvimento de novas formas de ensino e na ampliação dos conhecimentos ecológicos das crianças vão encontrar neste livro uma fonte inestimável de idéias.
Comentário do blog: Recomendável para crianças de todas as idades.